MARCAS DE MILÃO UNEM FORÇAS PARA REVITALIZAR SEMANA DE MODA
Na passada terça-feira (14.05), Bertelli convocou uma reunião em que dividiu os envolvidos em grupos, cada um com uma missão. E muito embora os detalhes ainda não estejam definidos, algumas diretrizes já foram estabelecidas. Uma delas é a decisão de fazer a semana com seis dias de evento. “Não vamos adaptar-nos aos calendários dos outros e não vamos mover as nossas datas. Se a Anna Wintour não vier, problema dela, é ela que deve adaptar a sua agenda”, diz Bertelli. A frase faz uma referência à questão da “trombada” de datas das semanas de Milão e Paris. Como Paris tem mais força, muitos editores importantes pulavam o último dia de Milão para seguir direto para a capital francesa, obrigando os principais estilistas a se espremerem em quatro dias de evento.
Financeiramente, a Câmara vai poder contar agora com mais dinheiro. No começo do próximo ano, as atividades se iniciarão com os cofres recheados, devido à generosidade das marcas associadas que, além da contribuição voluntária, pagam à câmara um valor proporcional ao seu lucro. “As marcas grandes estão sendo muito generosas já que cada uma escolhe com quanto quer contribuir. Isto é um sinal de maturidade, generosidade e altruísmo”, diz Mario Boselli, chairman da Câmara Nacional de Moda Italiana.
Outra questão é que não há renovação na moda de Milão. Bertelli também lamentou que os designers mais novos apresentassem as suas coleções sempre nos últimos dias de evento, quando a imprensa e os compradores já haviam deixado a cidade. Os seus desfiles serão, a partir de agora, distribuídos durante a semana. Esperamos que com estas iniciativas, Milão recupere sua força e visibilidade no cenário de moda internacional.