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MERCADO INOVA GESTÃO DAS FÁBRICAS PARA FATURAR GASTANDO MENOS


Roupa nova é uma tentação para as mulheres, mas muitas peças do ano passado ficaram nas araras. “Teve a Copa do Mundo e as eleições. Então empresário, comprador, ficou todo mundo flutuando sem saber que rumo tomaria, então foi um ano de incerteza e com isso a gente teve uma queda nas vendas”, explica Marta Machado, diretora executiva do Sindicato da Indústria do Vestuário de Minas Gerais.


O faturamento da indústria têxtil e de confecção caiu 5% no Brasil, em 2014, na comparação com o ano anterior. De janeiro a novembro, a produção de tecidos diminuiu 5,9% em relação ao mesmo período de 2013, a de roupas, 2,7% e a de calçados recuou 5,2% no mesmo período. Resultado: 20 mil demissões na cadeia produtiva da moda.


Para manter o pessoal, Valéria sabe que precisa cortar custos. “A gente está tentando, conversando, fazendo reuniões, para elaborar várias estratégias em termos de publicidade, de marketing, de compras de tecidos, juntos, para cair o preço, ter uma margem de negociação maior”, explica a estilista Valéria Lemos.


Para quem vive da moda, o cenário ainda é de incerteza neste início de ano, já que a desvalorização do real e a desaceleração da economia vão pesar no comportamento do consumidor. Vários fabricantes de Minas fazem uma maratona em vários estados para tentar, de loja em loja, se aproximar dos clientes e, assim, alavancar as vendas.


Empresários também vão fazer curso em Paris. A primeira turma embarca no segundo semestre em busca de novos mercados fora do Brasil e aprender a criar coleções mais vendáveis e com menor custo.


É o que Pollyana já está tentando. Depois de décadas fabricando apenas calças jeans, diversificou as araras com vestidos e camisetas. “Eu estou positiva e espero que o mercado também fique positivo”, afirma Pollyana Buzetti, gerente de produtos.


Fonte: G1

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