SEMINÁRIO DE MEDIAÇÃO EMPRESARIAL DEBATE MEIO ALTERNATIVO SOLUÇÃO PROCESSOS
Presidente do CBMA, Gustavo Schmidt ressalta importância da mediação (Foto: Antonio Batalha)
O vice-presidente do Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ), João Lagoeiro Barbará, representando o presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, disse na abertura do seminário que participou ativamente da criação do CBMA. “Como empresário, a importância da instituição é evidente. A iniciativa tende a facilitar a vida do empresário brasileiro. É um sistema alternativo de suma importância, que vai acelerar e baratear os custos dos processos”, comentou João Barbará. O presidente do CBMA, Gustavo Schmidt, disse que é preciso fomentar a conciliação empresarial. “Isso minimiza custos, preserva relacionamentos, é confidencial, mais rápido que a Justiça e consegue resolver 75% dos conflitos”, destaca Gustavo Schmidt.
Segundo o desembargador Cesar Cury, representante do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), estão em curso no Poder Judiciário cerca de 100 milhões de processos. “A Justiça se transformou no principal desaguador dos conflitos da sociedade. Para desafogar os tribunais é preciso encarar essa cultura que se enraizou tão fortemente e direcionar os litígios para a arbitragem e a mediação”, ressaltou Cesar Cury.
Paul Randolph, Damien Côté e Maria Fernanda Gédéon apresentam aspectos psicológicos da mediação (Foto: Antonio Batalha)
Os palestrantes Paul Randolph, mediador, barrister e professor do curso de Mediação na Regent’s University London; e Damien Côté, mediador e advogado em Ottawa, no Canadá, abordaram os aspectos psicológicos do método. Para Paul Randolph, as pessoas não têm a tradição de resolver conflitos sozinhas. “A mediação é a arte e a ciência de ouvir e usarmos a comunicação para construirmos a confiança e mudarmos a percepção em relação ao outro”, ressalta Randolph. Damien Côté disse que a grande vantagem da mediação é que as partes têm o controle sobre o processo e não ficam sujeitas ao tomador de decisões como na arbitragem ou no tribunal. “Como disse Gandhi, se formos aplicar o ditado ‘olho por olho, dente por dente’, todo mundo ficará cego. Isso tem a ver com a definição de mediação”, argumenta.
No encontro, foi feito um convite para adesão ao Pacto de Mediação, em que os empresários poderão adotar os métodos consensuais de solução de controvérsias, como a negociação, a conciliação e a mediação, com o objetivo de estabelecer e aprimorar constantemente processos de gestão e resolução de disputas de maneira colaborativa.
Fonte: Sistema FIRJAN