Veja, abaixo, as tendências apontadas pela Vicunha para o Inverno 16:

TALES

Transmitir tradições por gerações é uma das principais características das civilizações mais antigas e é essa a inspiração para a trend Tales. O estilo folclórico é trabalhado sob uma estética luxuosa e requintada, unindo o handmade a tecidos nobres de rebuscados acabamentos e prints ornamentais.

O jeanswear ganha uma atualização por meio do contato com a arte têxtil em diferentes trabalhos de superfície e materiais. Bordados, trançados e franjas são combinados a peles, pedrarias e aviamentos ornamentais. Tecidos nobres com acabamentos brilhantes, que remetem aos looks leather e metallic e trazem uma paleta de cores que mescla tons neutros aos terrosos. Shapes clássicos – como casaquetos, trench coats e ponchos – são adaptados ao estilo folk com muitos detalhes decorativos.

Bomber e camisa feitos com o tecido “Bercy”. Já a calça é do “Blaine” (Divulgação/Vicunha)

ALCHEMY

Este tema fala sobre a busca pelo reencontro com a natureza, saúde e bem-estar em ações simples do cotidiano. Trabalhos artesanais possuem papel terapêutico e influenciam a tendência, que valoriza o conforto e a funcionalidade. A aparência desgastada em tonalidades de inspiração vintage e natural revela a mistura de texturas e acabamentos rústicos e faz um convite ao reaproveitamento de materiais.

O patchwork e as influências boho evoluem para novas dimensões, criando um visual inspirador e experimental.  Os tecidos têm aspecto vintage e trazem nuances washed-out, como índigos retrô, verdes e beges desbotados. Amplas e fluidas silhuetas – como kimonos e poet blouses – são combinadas a maxipantalonas, saias longas e macacões flare. O visual texturizado se destaca graças à mistura de diversos materiais em um mesmo look.

Ele usa camisa do denim “Saville” e calça “Gregory”. Ela esá com camisa feita com “Camille” (Divulgação/Vicunha)

REVIVE

Revisitar lugares abandonados com ações de interferências permite a vivência de novas histórias e a impressão de um novo sentido a esses ambientes, unindo o velho e o novo em estéticas originais e criativas. Os tecidos traduzem  isso com superfícies texturizadas e aspecto corroído, cores em preto e cinza lavados, que contrastam com tonalidades lisas e quentes, como vermelhos e alaranjados. 

O look destroyed ganha uma abordagem decorativa com emendas, patches, rasgos e reparos, que criam intervenções e são aplicados às silhuetas desconstruídas e assimétricas. Na paleta de cores, predominam os azuis intensos e blacks desbotados, que são trabalhados em graduação de tons e lavagens cheias de efeitos de texturas. As clássicas skinny e perfecto ganham uma atualização dramática com desgastes extremos e modelagens assimétricas.

Ela: Jaqueta “Hector”, top “Acapulco” e saia “Liane”. Ele: Blazer “Beatrice” e calça “Steve Plus II” (Divulgação/Vicunha)

RECREATION

A necessidade de trazer mais humor ao cotidiano estimula a mistura de linguagens que unem o passado ao futuro, o online ao offline, o clássico ao moderno. O visual sofisticado é revelado graças a criações que utilizam tecidos com superfícies flats e com brilho discreto, combinando grafismos que vão dos padrões de estamparia aos trabalhos de superfície. Os anos 60 e 70 continuam a influenciar a moda. Com estilo neo-vintage, o raw denim traz uma alfaiataria com detalhes sutis e divertidos, como aplicações, mistura de tecidos e contraste de materiais e tonalidades. A cartela de cores é discreta e, por vezes, combina nuances mais iluminadas e energéticas. 

Com um ar preppy, shapes como blazers, saias godê e vestidos são trabalhados com plissados, bordados e matelassados colocados em lugares incomuns, criando uma estética divertida e atual.

Ele: Colete “Colin”, camisa “Hector” e calça “Urban” (Divulgação/Vicunha)

Fonte: Abit