MÁQUINA ESTUDA CORPO DAS BRASILEIRAS PARA MELHORAR MODELAGEM DE ROUPAS
Até pouco tempo atrás, era difícil achar peça bonita em tamanho grande.
“Você tinha que vestir aquela coisa e amarrar na cintura. Hoje em dia, essas calças têm que ser alta pra cobrir um pouco a barriga”, conta Ana Angélica Santos, vigilante.
Mas entre achar bonito no cabide e vestir bem é outra história, que a Tânia e a Maria conhecem bem.
Repórter: Nas outras lojas o 48 é diferente?
Maria: É diferente, é pequeno. Aí não ajusta.
“Eu suponho que seja 46, mas tem loja que é 48, 44”, comenta Tânia.
A Deise é estilista e faz 15 anos que ela trabalha com roupas em tamanhos maiores. Nesse tempo todo, sem uma tabela de medidas definida, ela usa mulheres reais, modelos de prova como a Thalia.
Repórter: Então, a partir das medidas da Thalia você faz o quê?
Deise Domingos Rocha: Eu faço a graduação a partir do tamanho 44 até o tamanho 52.
Thalia: É legal ficar provando para ver, sabe que, uma prova que você fez vai servir para outras pessoas. Então é uma grande responsabilidade.
Uma máquina está percorrendo o Brasil para escanear o corpo da brasileira. Tira 35 medidas. E assim voluntárias estão ajudando num grande estudo para saber quais são os tipos de corpo das mulheres. E colocar tudo numa tabela que vai servir de referência para as confecções do país.
Ela tem medidas que vão do 32, o extra “pequeno”, ao 62, o extra “GG”. Vai ficar mais fácil para quem está cheinho comprar roupa.
No Brasil, mais da metade da população está acima do peso. Elas mais que eles.
“Não é porque você usa um tamanho maior que você não tem a sua vaidade. Não é porque você usa uma roupa maior que você não quer uma roupa com bom caimento, uma roupa que te embeleze, e que te faça se sentir melhor”, afirma o Fernando Valente Pimentel, diretor da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção.
Tipo como a Ana Angélica está sentido só de olhar o vestido. “Sair um pouquinho, à noite, no frescor, dar uma caminhada no calçadão da praia”, conta.
Confira aqui o vídeo com a reportagem.
Fonte: G1/ Jornal Nacional