COMO SURGIRAM AS VITRINES SEDUTORAS?
Infelizmente muitos lojistas e empresários desprezam a importância de se ter uma excelente programação visual de uma loja, estão presos ainda a questão de lucro quando hoje em muitos setores da moda sabemos que todo investimento pensado no consumidor tem retorno. Se você ainda acha que pode vender produtos por XOO,O valor e investir O,Y – seu negócio está defasado ao fracasso ou pior a estagnação de nunca crescer.
Com a necessidade de atrair os consumidores para o interior de seus estabelecimentos, os primeiros lojistas utilizavam de letreiros com seus nomes ou apresentavam seus produtos em mesas colocadas nas ruas. Até os tempos de hoje açougues, floriculturas utilizam dessas primeiras técnicas para atrair seus clientes, expondo seus produtos. Foi em 1840 com o avanço tecnológico e a possibilidade de produzir vidraças com grandes dimensões, que as lojas puderam explorar mais o vitrinismo, expondo em amplos espaços cenários magníficos.
Se engana quem acha que lojas de nichos específicos iniciaram essa façanha, na verdade as lojas de departamento foram as grandes precursoras do vitrinismo, com a variedade de produtos e muito espaço para expor elas foram pioneiras nessa arte. Como era de se esperar esse fenômeno surgiu na França e por muitos anos ficou restrito à capital Paris.
O conceito de loja de departamento rapidamente se espalhou pelo Estados Unidos e com isso diversas lojas do tipo surgiram, Macy’s em Nova York, Marshall Field’s em Chicago, Wanamaker’s na Filadélfia e Bloomingdale’s em Nova York – não se sabe ao certo qual foi o primeiro estabelecimento a produzir vitrines cenográficas.
O que viria a ser uma grande evolução no visual merchandising e vitrinismo na europa, surge através do empresário norte-americano Gordon Selfridge, responsável por levar para Londres o conceito de loja de departamento e a linguagem de visual merchandising. Ele inovou ao deixar suas vitrines iluminadas à noite, mesmo quando a loja estava fechada, assim seu público pudesse apreciar os produtos ao voltar para casa.
Em 1928 a Selfridges dobrou de tamanho, a década de 1920 foi um período de intensa criatividade para a arte e a moda, em pouco tempo os grandes estabelecimentos e comércios parisienses estavam repletos de temas decorativos inspirados na Art Déco e os estilistas da época viram uma grande oportunidade para expor suas apresentações.
Depois do grande alvoroço nas lojas de departamento foi a vez dos estilistas em meio as tendências sociais e acontecimentos, exporem em suas vitrines conceitos e inspirar jovens de sua época a descobrir sua própria identidade, e se encontrando em um grupo social. Tais foram Pierre Cardin, Mary Quant e Vivienne Westwood.
O visual merchandising é responsável por 70% de um lucro de uma loja. Além de criar formas criativas de expor as mercadorias dentro dos estabelecimentos comerciais, aumentar as vendas e influenciar o consumidor (quer mais?) muitos lojas vão além ao que se trata de relacionamento com cliente, na última década muitas lojas introduziram DJs, restaurantes, livrarias e áreas de exposição de arte deixando assim a loja de ser apenas um local de compra e venda e trazendo ao consumidor um ambiente de total experiência com a arte e a moda.
“Vitrines Sedutoras, Vendas Garantidas”.
Fonte Imagens: Google Imagens
Fonte Texto: Visual Merchandising (Tony Morgan) / Vitrinas Entre_Vistas (Sylvia Demetresco)