DESACELERAÇÃO NA CHINA DEVERÁ AFETAR ECONOMIA BRASILEIRA
As autoridades Seniores do Partido Comunista começam a se reunir esta semana em Pequim num encontro sobre política econômica, que vai tratar da desaceleração econômica. A meta de crescimento do PIB chinês de 7,5% este ano está ameaçada pela crise imobiliária, fraca expansão industrial e investimento em ritmo moderado. Além disso, a China tem um plano em marcha de mudar seu sistema financeiro fechado e centralmente manipulado para um regime mais aberto e no qual os riscos de não pagamento passem a ser uma variável relevante na concessão de crédito. Vale lembrar que a economia chinesa passa por uma bolha de crédito e, portanto, de preços, pela política adotada de crédito ilimitado a empresas, na presunção de que o governo resgatará sempre os credores.
Embora continue a crescer mais do que a maioria dos países no mundo, a desaceleração chinesa, pela sua dimensão, tem impacto importante em todo mundo. Nesse cenário, o Brasil, grande fornecedor de commodities para a China, deve ser afetado. Os efeitos começaram com ajustes nos preços do minério de ferro. O setor agroindustrial brasileiro, que contribuiu enormemente para o saldo de nossas reservas internacionais, deve ser o próximo a sofrer com os ajustes de preços.
Foco Boa Vista.