O adiamento foi decidido durante a reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), e levou em consideração as dificuldades de alguns setores para atender as novas regras e a possibilidade de se discutir a flexibilização da exigência.

A fim de preparar as indústrias de todos os portes para essa transição, empresários fluminenses tiraram dúvidas com representantes da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) sobre a escrituração digital, em 7 de dezembro.

O registro preciso das perdas de estoque, como codificar os produtos para manter o sigilo industrial e a identificação correta das matérias-primas utilizadas no processo produtivo foram algumas das dúvidas relatadas pelas empresas.

A palestra mostrou como identificar e preencher os diversos itens que compõem a obrigação fiscal, tais como os insumos consumidos, itens produzidos e o percentual de perda do estoque. Com a inclusão do Bloco K, as empresas terão de informar mensalmente à Receita Federal sobre:

– Estoques
– Consumo de matéria-prima e insumos
– Movimentações internas de produtos
– Produção

“O Bloco K é um meio para prestar informações mensais sobre produção e respectivo consumo de insumos, bem como estoque estruturado relativo aos estabelecimentos industriais”, explicou Celia Rocha, integrante do grupo gestor fiscal da Secretaria de Estado de Fazenda.

Para Dinoã de Souza, responsável contábil da Evisa Comércio e Serviços, companhia de revestimento de metais, a maior preocupação em relação ao sistema digital está em fornecer informações de maneira precisa. “Ficamos em dúvida sobre como registrar perdas cíclicas, por exemplo. A empresa não pode correr o risco de a fiscalização não entender o que for reportado”, disse.

Na avaliação de Rodrigo Bourrus, analista de custos da GlaxoSmithKline, uma das dificuldades das empresas é saber como codificar os produtos. “Estar em contato com o órgão estadual permite que possamos entender o que o Fisco quer receber de informação”, explicou. O encontro foi promovido pelo Sistema FIRJAN, na sede da Secretaria Estadual da Fazenda.

Fonte: Sistema FIRJAN