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EVENTO APONTA CAMINHOS PARA A TECNOLOGIA VESTÍVEL E A EXPANSÃO DOS DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS

Mediadas por Carol Fernandes, especialista em Moda da Gerência de Desenvolvimento Setorial da FIRJAN, as palestras contribuíram para indicar caminhos de negócios e desejos dos consumidores.

“Este Grupo de Estudos ocorre uma vez por ano desde 2012 e tem o objetivo de auxiliar e impulsionar os diversos segmentos de moda no estado. Tecnologia Vestível é um tema que tem despertado muita curiosidade e já começa a fazer parte da nossa realidade”, disse Carol.

O ciclo de debates discutiu a importância da inovação na moda e teve com um dos temas centrais os wearables – dispositivos eletrônicos vestíveis. Com a participação do pesquisador do Senai Cetiqt, Flávio Bruno, além de representantes das empresas Malwee, Lectra, Rhodia e IBM, o evento contou ainda com professoras doutoras da USP.

O coordenador do departamento de Inovação da Malwee, Edmundo Barbosa, apresentou pesquisas e análises de mercado e contou como sua empresa se tornou pioneira nacional no desenvolvimento de wearables. Com compartimento especial para facilitar a utilização do fone de ouvido conectado ao celular no bolso do usuário, a “Jaqueta Interativa” foi produzida pela marca com botões de controle do áudio em sua manga.

“O lançamento do produto foi muito bem sucedido. Não tivemos lucro com a jaqueta, pois não era esse o objetivo naquele primeiro momento. Foi um teste de mercado e um grande aprendizado para nós”, revelou Edmundo.


Edmundo Barbosa exibe a “Jaqueta Interativa”, produto desenvolvido pela Malwee (Foto: Guarim de Lorena)

Na sequência, a consultora de Negócios de Moda da Lectra, Giselle Araújo, destacou as transformações dos modelos de negócios. Ao apresentar produtos sustentáveis, a consultora defendeu o investimento em novas tecnologias para o setor.

“Nossa oferta está ligada a transformações de negócios com prototipagem 3D e PLM (sigla em inglês para o gerenciamento do ciclo de vida de produto). Estes são dois dos principais desafios da indústria da moda para esse século”, afirmou Giselle.

Já Renata Bonaldi, representante da equipe de Inovação da empresa Rhodia, frisou a importância do entendimento dos diversos níveis de tecnologia para a moda. Ela explicou a diferença entre tecidos funcionais e inteligentes, por exemplo.

“Quanto maior é a possibilidade de interação, mais tecnológico é o tecido. Os funcionais não dependem de estímulo externo. Já os tecidos inteligentes são aqueles que sentem os estímulos, reagem e se adaptam de forma programada”, pontuou Renata.


Renata Bonaldi alertou para diferentes níveis de tecnologia na moda (Foto: Guarim de Lorena)

Flávio Bruno, por sua vez, citou o avanço de estudos em tecnologias vestíveis nos últimos anos. Segundo o pesquisador do Senai Cetiqt, o sistema de produção tende a ser cada vez mais regionalizado.

“Caminhamos para um sistema de produção individualizado. A expectativa é que esta cadeia produtiva se torne mais inovadora, ágil e versátil. Os segmentos de confecção lideram o processo de transformação, e os riscos de investimento voltaram a valer a pena”, argumentou Flávio.

Com uma apresentação conceitual, a professora e doutora da USP Suzana Avelar ressaltou que o ser humano está cada vez mais próximo da figura do “ciborgue”, famosa no cinema do século XX. 

“Nosso corpo está cada vez mais conectado e interativo atualmente. Já somos o princípio do ciborgue. Quanto melhor a tecnologia, menos visível ela é. E a moda, que está presente no cotidiano de todos, tem um papel importante de levar artifícios de ponta para a sociedade contemporânea”, declarou Suzana.

A assessora técnica da IBM, Cintia Barcelos, demonstrou como as novas tecnologias já estão transformando a indústria atualmente. Wearables de grande utilidade, como pulseiras, relógios, óculos e lentes já são comercializadas no mercado.

“Veremos mais ofertas e conexão com as coisas daqui para em diante. Mas ainda há grandes desafios para a produção de wearables, como a acessibilidade”, destacou.


Em sua apresentação, Cintia Barcelos indicou wearables já disponíveis no mercado (Foto: Guarim de Lorena)

Para o desenvolvedor de Novos Negócios e consultor de Tecnologia Eduardo Prado, é cada vez mais intensa a integração entre moda e tecnologia: “As duas coisas andam lado a lado. Há um lado lúdico no sucesso dos wearables, que é a miniaturização e a possibilidade de controlar e sentir as coisas”, observou.

Para finalizar o debate, a professora e doutora da USP, Silgia Costa, lembrou que muitas pesquisas ainda estão em curso e celebrou o potencial de expansão dos wearables: “Haverá muitas oportunidades para quem trabalha nessa área. Os resultados de muitas pesquisas vão começar a despontar no mercado nos próximos anos”, aposta.

(Lucas Baldez/ Movimento Sindical FIRJAN)

 

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