EVENTO INTERNACIONAL SOBRE TÊXTEIS TECNOLÓGICOS FOI INÉDITO NO BRASIL
O Fórum Internacional de Inovação Têxtil: Presente e Futuro que foi realizado dias 8 e 9 de abril, no auditório do Senai/Cetiqt no Rio de Janeiro, promovido pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) por intermédio do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira em parceria com a Apex-Brasil), juntamente com o Centro Tecnológico de Portugal (CITEVE), a Associação dos Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas (ABRAFAS), a Associação Selectiva Moda (ASM) e a Associação Têxtil de Portugal (ATP). Além das muitas palestras, o evento contou com uma exposição de alguns produtos tecnológicos que já estão no mercado e outros que são protótipos, mas logo estarão sendo produzidos em escala.
“O Fórum foi um sucesso. Todos ficaram muito impactados com as possibilidades que estão se abrindo para os têxteis técnicos e para os não tecidos. Hoje, empresários que querem agregar valor em seus produtos precisam inovar, não apenas em design, mas em tecnologia também. E tivemos uma ampla visão do que os demais players do mundo estão pesquisando em nosso setor. Muitos profissionais brasileiros não tinham a menor noção das coisas que foram apresentadas “ declara Rafael Cervone, presidente da Abit.
O Brasil, no entanto, também mostrou que está fazendo pesquisas e produzindo produtos que já estão no mercado. A USP apresentou as possibilidades da fibra e do bagaço de cana-de-açúcar para a área médica, em composição com fibras de quitosana também sintetizadas no laboratório. A Cedro Têxtil apresentou sua linha de uniformes de alta proteção (EPIs) e os testes que são realizados na Inglaterra a cada 100 metros de tecido produzido. Rhodia mostrou que a utilização do Fio Emana também só cresce, saindo dos esportes e entrando também na “moda cosmética”. Outras grandes empresas brasileiras como a Dupont, a Dini Têxtil, Grupo Inbra, Invista, Malwee, Golden Química e Rosset também apresentaram inovações tecnológicas.
Muito se falou, muito se mostrou e muito ainda há o que ser discutido. E é por isso que o Fórum terá uma nova edição em 2015, provavelmente em São Paulo. “Precisamos apresentar e incentivar cada vez mais os empresários brasileiros a incorporar o conceito de inovação, que não se resume à questão tecnológica, ao design, ou à produção dos produtos. Mas, toda uma nova visão de gestão sustentável econômica, social e ambientalmente falando. Esses têxteis tecnológicos precisam de investimento, tempo para testes, eficácia na produção mais limpa e, portanto, um planejamento visando o futuro” resume Cervone.
Fonte: www.abit.org.br