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FIRJAN MAPEIA A CADEIA DA MODA FLUMINENSE

De acordo com o levantamento, a cadeia da moda conta com 26.767 estabelecimentos no estado, que empregam quase 200 mil trabalhadores, consolidando-se como um setor de alto valor agregado, cujos preços médios na exportação são sete vezes superiores à média nacional.


Evento reuniu especialistas para debater a cadeia da moda fluminense (Foto: Renata Mello)

Antonio Berenguer, vice-presidente do Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ), acredita que o estado deve investir no potencial exportador dessa indústria para aumentar sua competitividade: “Somos o quarto país em tamanho de produção têxtil no mundo. Se fizermos políticas de acordos bilaterais com economias estratégicas podemos fortalecer ainda mais as exportações”.

Para Roberto Leverone, fundador do Grupo Floc, eventos como o Veste Rio e o Rio Moda Rio, ambos apoiados pela FIRJAN, demonstram a força do setor no estado. “Temos que elevar a marca Rio, que é muito forte. O estado tem um carisma especial, e devemos explorar isso. Esses novos movimentos para o setor de moda trarão boas oportunidades de negócios”, afirmou ele, que também é vice-coordenador do Fórum de Moda da Federação.

FuturID é novidade para o setor

No seminário também foi lançada a FuturID, metodologia de pesquisa de macrotendências elaborada pela Federação. A publicação reúne informações relevantes para o empresário, com direcionamento sobre como surpreender os clientes e entregar produtos inovadores antecipando movimentos e comportamentos da cadeia.

Carol Fernandes, especialista da Gerência Geral de Desenvolvimento Setorial, explica que a publicação vai permitir aos empresários aplicar essas pesquisas como uma ferramenta estratégica para os negócios: “O importante é buscar um olhar mais amplo com foco na identidade da marca”.


Carol Fernandes apresenta a FuturID, nova metodologia de pesquisa de macrotendências elaborada pela FIRJAN (Foto: Renata Mello)

Uma das macrotendências observadas a partir da metodologia FuturID é o Consumo Consciente. Economia circular e colaborativa foram temas abordados no segundo painel do Seminário de Moda.

A Malha, galpão de coworking e coprodução idealizado por Andre Carvalhal, diretor de Marketing da Farm, é um dos casos de sucesso dessa nova economia. O espaço irá abrigar diferentes empresas do setor para compartilharem suas produções. O local também funcionará como uma escola, com palestras e cursos setoriais, além de ter um fashionlab para desenvolvimento de tecnologias.

Outro case apresentado foi o da loja virtual Comas. A empresa, que já nasceu dentro do conceito circular, compra camisetas masculinas inutilizadas pelas grandes fábricas e as reaproveita como matéria-prima para produção de roupas femininas.

Expectativas para o futuro

Além de mais sustentável, a moda do futuro será altamente tecnológica. Essa foi a visão defendida pelos pesquisadores do SENAI CETIQT, Flavio Bruno e Ariel Vicentini. De acordo com eles, a indústria 4.0 transformará a cadeia da moda, modificando sensivelmente a confecção, o design e os materiais do setor. As confecções tradicionais, ao longo das próximas décadas, poderão contar com equipamentos como impressoras 3D e terão a automação e a robótica incorporadas à produção.

Uma inovação já iniciada e que será intensificada são as tecnologias vestíveis. As designers de moda holandesas Pauline van Dongen e Marina Tveters já estão à frente dessa tendência, e apresentaram o produto Phototrope, uma camiseta de corrida iluminada que aumenta a proteção de atletas e corredores que se exercitam ao ar livre em horários noturnos.


Pauline van Dongen explica que a tecnologia vestível é umas das inovações que devem ser intensificadas e pode aumentar o valor agregado das peças (Foto: Renata Mello)

“A tecnologia pode aumentar o valor agregado das peças. Para conectar as pessoas com essa inovação, o desafio é buscar um maior equilíbrio entre o design e a função da roupa”, declarou Pauline.

O evento também contou com a participação de Arjen Uijterlinde, cônsul-geral da Holanda no Rio de Janeiro; Sergio Motta, diretor executivo do SENAI CETIQT; Marc Dias, gerente de programas estratégicos do Sebrae-RJ; e Roberto Meireles, do Instituto Rio Moda.

O 1º Seminário de Moda foi promovido pelo Sistema FIRJAN em parceria com o SENAI CETIQT, o Sebrae-RJ, o Instituto Rio Moda e o Consulado Geral do Reino dos Países Baixos.

Fonte: Sistema FIRJAN

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